Árbitro favorece Paysandu, que derrota o Águia com pênalti que não existiu
O primeiro confronto entre Águia e Paysandu pela semifinal do Campeonato Paraense 2023 terminou com a vitória do time visitante, que saiu do Zinho Oliveira, em Marabá, com a vantagem de 1 a 0 no placar. Mas o resultado foi bastante contestado pela diretoria e jogadores do Azulão, que apontaram dois erros consecutivos do árbitro Klever da Costa Lobo, que resultaram no gol do Papão da Curuzu.
Os dois times fizeram um primeiro tempo agitado no estádio Zinho Oliveira, abusando das jogadas pelas laterais do campo, que é considerado pequeno. Enquanto o Papão avançava pela lateral esquerda com seu trio ofensivo, o Azulão chegava ao ataque pela direita, sempre puxado por contra-ataques do camisa 21, Wander. O jovem jogador costumava fazer tabelinhas com Luan Parede, centroavante que sempre atua pivô na entrada da área.
Balão Marabá aparecia bastante em jogadas paradas, levando perigo ao gol do Paysandu, mas nenhuma delas entrou.
O lance polêmico aconteceu aos 10 minutos do segundo tempo, depois de uma falta não marcada em Luan Parede. Na sequência, o juiz Cléber Santos marcou pênalti a favor do Paysandu, mas as imagens da televisão mostram claramente que a falta ocorreu fora da grande área.
Mário Sérgio chutou no canto esquerdo do goleiro Axel e colocou o Papão à frente do placar. Com o resultado, o Papão abre vantagem na briga por uma vaga na decisão do Estadual.
Depois do gol do Paysandu, o Águia passou a fazer bastante pressão e o time visitante recuou e não levou mais nenhum perigo ao Azulão. Em pelo menos duas oportunidades, aos 25 e aos 26, o time de Marabá quase abriu o placar, em cruzamentos na área. No entanto, em ambas as chances, a finalização saiu ruim.
O Azulão jogou bem, porém, o resultado de 1 a 0 para o Paysandu, obriga o time marabaense a ter que vencer em Belém, para poder chegar à final do Campeonato Paraense. A próxima partida está marca para o próximo sábado, 19, às 19 horas, na Curuzu.
Após o jogo, vieram as reclamações sobre a arbitragem e a retórica antiga de que Remo e Paysandu sempre são favorecidos nos jogos de decisão. Foi o que disse, por exemplo Wander. Em sua avaliação, os dois confrontos entre Remo e Papão, na atual temporada, foram “contra a arbitragem, contra a federação, contra todos”. Para ele, falta respeito com clubes menores. “A competição tem de favorecer a todos, mas não é o que está acontecendo. Saímos prejudicados, eles conseguiram só essa jogada de gol no segundo tempo, nada mais”, justificou.
O técnico Mathaus Sodré foi mais contido, mas também reconheceu que houve favorecimento ao Paysandu no resultado final do jogo. “Ele (o árbitro) teve duas chances para acertar, mas errou nas duas. Mas não vamos abandonar nosso objetivo. Pelo menos eu vou dormir tranquilo hoje, pelo resultado do jogo”, disse, deixando a ideia de que o árbitro terá insônia.
O grandalhão Luan Parede, atacante, que sofreu falta antes do lance polêmico no pênalti, também avaliou que o campeonato favorece muito Remo e Paysandu. “Fica difícil dessa forma. Os pequenos se esforçam, mas no final os grandes ganham”. (Márcio Aquino e Ulisses Pompeu)
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